A compra da Hering pelo grupo Soma, revelada há pouco por Geraldo Samor, foi um negócio relâmpago.
A proposta formal do Soma (Farm, Animale, Foxton, Maria Filó e outras), de R$ 5,1 bilhões, foi feita na noite de sexta-feira (23) conforme o jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo.
Na véspera, Roberto Jatahy, presidente do Soma, telefonara para Fábio Hering, presidente da Hering, falando do interesse em fazer uma oferta pela empresa. O martelo foi batido no domingo (25).
Como a Hering é uma companhia de capital pulverizado, apenas 22% dos acionistas (ou seja, a família Hering) assinaram um termo de compromisso para aprovar a transação.
Diz um integrante do conselho de administração da Hering:
— Tinha que fechar neste fim de semana, antes de vazar.
Duas semanas atrás, a Arezzo ofereceu R$ 3,1 bilhões pela Hering. A oferta foi recusada. A Hering tinha uma baliza: só queria conversar sobre fusão ou venda depois de retornar ao valor de mercado pré-pandemia, ou seja, em torno dos R$ 5,5 bilhões.