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segunda-feira 11 de novembro de 2024 às 10:38h

FUP participa da Cúpula Social do G20, com painel sobre transição energética justa

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A transição energética justa será tema na Cúpula Social do G20, levada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), na quinta-feira (14). O painel “Transição energética justa, soberana e popular para o desenvolvimento sustentável da humanidade” ocorrerá das 11h às 13h, no Espaço Kobra, na região portuária do Rio de Janeiro.

“A transição energética, para ser justa, precisa atender requisitos básicos, com atenção especial aos impactos diretos e indiretos sobre os trabalhadores e comunidades, que têm que estar inseridos nesse processo e com participação ativa”, destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP. Segundo ele, essa transição exige o fortalecimento de uma política industrial e energética soberana nos países do Sul Global.

“Não podemos esquecer que é necessário buscar formas de financiar essa transição justa e uma das propostas é a criação de fundos soberanos financiados por setores industriais de maior contribuição para o PIB. O setor de petróleo e gás natural, por exemplo, representa cerca de 10% do PIB industrial brasileiro e deve contribuir para essa transição, além dos setores que mais impactam nas emissões de gases de efeito estufa”, afirma Bacelar.

“A Petrobras, a maior empresa do Brasil, tem que liderar a transição energética e ampliar investimentos em projetos de energias renováveis”, diz o coordenador-geral da FUP, lamentando que, no terceiro trimestre deste ano, a Petrobrás – cujos resultados financeiros e operacionais foram divulgados na semana passada -, registrou baixo volume de recursos destinados a iniciativas de descarbonização e novas rotas tecnológicas de baixo carbono.

O painel faz parte da programação das atividades autogestionadas e foi selecionado entre 852 inscrições realizadas por mais de 2.100 organizações de 90 países que se inscreveram para a Cúpula Social do G20. O objetivo é promover o engajamento no combate à pobreza energética e na promoção da segurança alimentar, no enfrentamento aos impactos da crise climática em territórios e populações vulnerabilizadas, contribuindo para a promoção da agenda da Transição Energética Justa no Sul Global.

Pela primeira vez serão realizadas, em paralelo à cúpula de líderes das principais economias do planeta, atividades destinadas a ouvir as vozes e a colher propostas da população de diversos continentes, relacionados a temas prioritários na agenda mundial, como o combate à fome e às desigualdades; as mudanças climáticas e a transição energética justa; e a reforma da governança global. O evento pioneiro foi idealizado pelo presidente Lula e proposto quando o Brasil assumiu a presidência do G20.

As propostas foram enviadas para a plataforma Brasil Participativo pela FUP, em conjunto com outras organizações, como a Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia (POCAE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Levante da Juventude, o Afronte, o Ondas, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf – seção Solos), o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

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