“Parece que tivemos um problema com emails entre os endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal do Brasil. Como resultado dessa falha de comunicação, o tribunal decidiu bloquear Telegram por não responder”, escreveu.
Relator do inquérito das fake news, que tem como alvos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio do aplicativo. Durov pediu desculpas ao STF texto publicado em seu canal no Telegram pouco depois das 19h (horário de Brasília). A sede do Telegram fica atualmente em Dubai, nos Emirados Árabes. “Em nome da nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência”, afirmou Durov. “Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor.”
O CEO afirmou que, no final de fevereiro, o Telegram cumpriu decisão de Moraes e que respondeu ao tribunal com a sugestão de que pedidos futuros de suspensão de perfis sejam enviados a um endereço de e-mail dedicado.
Durov se referiu à ordem de Moraes para que fossem bloqueados três canais ligados ao influenciador bolsonarista Allan Lopes dos Santos sob pena de suspensão e pagamento de multa. No dia seguinte, a plataforma cumpriu a determinação.
Ele acredita que a resposta enviada ao STF decisão tenha sido “perdida” pois as tentativas de contatos posteriores por parte do tribunal foram encaminhadas ao endereço antigo de email, que “tem um propósito mais amplo e geral”.
“Como resultado, perdemos a decisão que continha um pedido de suspensão subsequente no início de março. Felizmente, agora a encontramos e concluímos, entregando hoje outro relatório ao tribunal”, afirmou.