A Conacate (Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado) anunciou nesta última sexta-feira (21) ter entrado com representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ministro Paulo Guedes (Economia).
A Confederação reage contra declaração feita pelo ministro em 7 de fevereiro, durante palestra sobre o Pacto Federativo. Na ocasião, Guedes comparou servidores públicos a parasitas.
“90% da receita toda com salário e obrigada a dar aumento de salário. O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade no emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro tá morrendo, o cara virou 1 parasita, o dinheiro não chega no povo, e ele quer aumento automático”, disse o ministro.
Na representação foi publicada pelo Poder360, a Conacate diz que houve, também , abuso de autoridade por parte do chefe das finanças do país.
A associação diz que houve falas “depreciativas” contra a categoria. Argumenta que o posicionamento reiterado do ministro, “de ofender, de diminuir e de retirar direitos dos servidores evidencia a prática do assédio moral coletivo e o descumprimento do seu dever de urbanidade, de prudência e de decoro”.
O grupo pontua ainda que Guedes utilizou-se de “adjetivos ofensivos generalizados e descompassados da realidade com efeito direto sobre a autopercepção de centenas de milhares de trabalhadores e jogando milhões de brasileiros contra seus compatriotas”.
Em manifesto divulgado em 8 de fevereiro, o presidente da Conacate, Antonio Carlos Fernandes, disse que Guedes “despertou a nação para a baixeza dos propósitos de sua política”.