Com a iminência do retorno do pagamento emergencial, a Federação que reúne funcionários da Caixa Econômica Federal enviou um pedido ao Ministério da Saúde para que os trabalhadores do banco sejam incluídos no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19.
Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, o ofício foi encaminhado à pasta pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal nesta quinta-feira (11).
“Incluir o pessoal da Caixa como público prioritário na vacinação contra a Covid-19 contribuirá para que não se eleve a disseminação do vírus, dado o atendimento bancário ocorrer em ambiente fechado, com manipulação de cédulas e documentos que passam por várias pessoas”, diz o documento. “É preciso que o público que frequenta as agências encontre o ambiente mais protegido possível, inclusive no que se refere aos seus interlocutores”, reforça.
– Sem vacinação para os empregados da Caixa e para a população, as agências bancárias poderão se tornar vetores de contaminação – disse presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
No documento enviado ao Ministério da Saúde, a Federação destaca que os funcionários da Caixa permanecerão na linha de frente da assistência dos brasileiros devido ao pagamento de programas sociais e também a demandas que crescem com a crise, como saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo a entidade, em 2020 mais de 160 milhões de pessoas receberam o auxílio e outros benefícios sociais por meio do banco.
Este é o segundo ofício encaminhado pela Fenae, neste ano, ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. No dia 13 de janeiro, a entidade já havia solicitado que trabalhadores do banco fossem incluídos no grupo prioritário da vacinação. Na ocasião, a pasta informou que a prioridade seria dada pessoas com maior risco para agravamento e óbito como também para quem atua em serviços de saúde.
No ofício encaminhado hoje à pasta, a Federação afirma que houve alteração no cenário brasileiro nos últimos meses com o surgimento de novas cepas e aumento da ocupação de leitos em todo país. Ontem o Brasil registrou 2.349 mortes em 24 horas, o recorde desde o início da pandemia.