A Frente Parlamentar Ambientalista da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) promoveu, nesta terça-feira (8), no Auditório Jornalista Jorge Calmon, a primeira reunião preparatória na Bahia da 5 ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que será realizada em maio de 2025, em Brasília, com o tema “Energia Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”. Autoridades nacionais e estaduais da área, representantes de entidades ligadas à urbanização, dirigentes de associações de material reciclável, ambientalistas, sindicalistas, estudantes da rede estadual de ensino e ativistas sociais participaram do encontro, uma iniciativa do presidente da frente, deputado estadual Marcelino Galo (PT).
“Estamos aqui para incentivar as entidades, as organizações populares e os movimentos sociais para que a gente tenha uma conferência com ampla participação popular e democrática, com a presença dos povos originários, tradicionais e ribeirinhos. Temos uma situação de aquecimento global que vem provocando estragos em todo o planeta. Devemos adaptar a sociedade a conviver com essa realidade, interrompendo esse processo que facilita o aumento da temperatura. No Brasil, temos que parar de desmatar, uma espécie de moratória, pois não se pode mais tirar um pé de árvore no cerrado brasileiro”, resumiu o petista.
As conferências municipais, intermunicipais e livres serão realizadas até 15 de dezembro deste ano. Já as conferências estaduais e distrital ocorrem de 15 de janeiro a 15 de março do ano que vem. A coordenadora executiva da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, Larissa Barros, afirmou que o principal objetivo “é promover o debate sobre a energia climática para subsidiar a implementação da política nacional a respeito da mudança do clima”.
Eixos
A assessora do MMA explicou que as discussões estão sendo organizadas a partir de cinco eixos temáticos, que foram definidos pela comissão nacional. São eles: Mitigação, com redução da emissão de gases do efeito estufa; Adaptação e Preparação para Desastres, com prevenção de riscos e redução de danos; Justiça Climática, com superação das desigualdades; Transformação Ecológica, com descarbonização da economia e mais inclusão social; e Governança e Educação Ambiental, com a construção de valores socioambientais, participação e controle social.
“Enquanto país, temos uma chance muito grande de conectar este tema da energia climática com a vida das pessoas, de refletir sobre esta situação atual, de apontar caminhos por onde a política pública do meio ambiente deve seguir, a partir dos desafios que a gente está vivendo em cada território do país”, pontuou a gestora. No final da palestra, Larissa Barros convidou a plateia para assistir a um vídeo, com uma mensagem da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltando a importância da mobilização da sociedade, das escolas e das universidades.
“Estou aqui para fazer um pedido aos brasileiros e brasileiras que se preocupam com as mudanças climáticas, que já vêm causando sérios problemas à vida das pessoas no Brasil e no Mundo. Esta conferência é uma oportunidade de sugerirmos novas políticas públicas para o enfrentamento da mudança climática na realidade de nosso país e da nossa contribuição para o desafio global. Participe, procure a secretaria estadual ou municipal, vamos unir nossas forças para enfrentar os problemas do presente e construir um futuro próspero, justo, democrático e sustentável”, convocou a chefe da pasta.
Diversos oradores se pronunciaram sobre os desafios da transformação ecológica. Participaram da mesa dos trabalhos o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sindae-BA), Grigorio Rocha; a coordenador regional do Movimento Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (MNCR-BA), Jeane dos Santos; o representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Tiago Porto; o diretor de execução das Políticas para a Educação Básica (SEC), Fábio Barbosa; o vice-presidente da Associação dos Servidores da Área Ambiental, Lucas Ventin; a diretora do Movimento Atingidos por Barragens, Gabrielle Sodré; o diretor do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, Fabiano Paixão; o representante do Germen- Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental, Gilson Vieira; e a vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT).