O montante movimentado por fraudes em canais eletrônicos e cartões no Brasil cresceu 17% de 2023 para 2024, passando de R$ 8,6 bilhões para R$ 10,1 bilhões. As fraudes relacionadas ao Pix aumentaram ainda mais, com um crescimento de 43%, totalizando R$ 2,7 bilhões. Esses dados foram apresentados pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney, durante a abertura do 2º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes, que ocorre em São Paulo.
O evento, que acontece nesta terça e quarta-feira, tem como tema central a integração dos setores público e privado na luta contra crimes no sistema financeiro. Sidney ressaltou que o setor bancário investiu cerca de R$ 5 bilhões em segurança e prevenção a fraudes no último ano, destacando a gravidade da criminalidade digital.
Em sua fala, o presidente da Febraban mencionou uma pesquisa da Cybersecurity Ventures, que estima que os custos globais do cibercrime podem chegar a US$ 10,5 trilhões até 2025. Ele também enfatizou os desafios enfrentados para conter os golpes, que frequentemente utilizam a engenharia social para manipular vítimas e obter informações sensíveis.
O congresso contará com a presença de figuras importantes, como Rodrigo Maia, da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, e Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal. Entre os palestrantes estão Valdecir Urquiza, da Interpol, e Denise Vargas Tenório, delegada da Polícia Federal, que discutirão estratégias para combater as fraudes e melhorar a segurança cibernética no Brasil.