Mesmo antes do fracasso de público do 1º de maio, as especulações sobre uma alteração iminente no ministério eram crescentes. Depois dos minguados 1,6 mil militantes que foram ao estacionamento do Itaquerão na última quarta-feira, as conversas neste sentido no alto escalão do PT e do governo ganharam segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, mais corpo e estaria rolando em todos grupos do governo o comentário.
Há os que imaginam que Lula faria uma mudança pontual agora e uma mais robusta no fim do ano — ou em janeiro, quando a disputa pela sucessão na Câmara estará pegando fogo.
Dois companheiros de décadas de Lula, um no governo e outro no Legislativo, têm ainda de acordo com o colunista do O Globo, a mesma avaliação: se as próximas pesquisas não mostrarem uma melhora nos indicadores de popularidade, Lula mexe no time, ainda que pontualmente.
Se os números revelarem, no entanto, um quadro mais ameno, a reforma será toda feita mais à frente.
Há um consenso no entorno do presidente: ele anda muito impaciente. Uma mexida tópica, na visão de graúdos do PT, se concentraria em sacar Márcio Macêdo da Secretaria-Geral da Presidência e Paulo Pimenta da Secom.
Pimenta, no entanto, permaneceria no Palácio do Planalto. Não está dando certo na Secom, mas Lula gosta dele. Iria, assim, para a cadeira de Macêdo, que deixaria o governo, mas ganharia um cargo relevante no PT.