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terça-feira 14 de junho de 2022 às 14:58h

‘Foi bom regime militar de 64, o Brasil avançou’, diz pré-candidato

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O pré-candidato do PP ao governo do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Heinze, elogiou, durante sabatina UOL/Folha realizada hoje, o golpe militar de 1964, que impôs uma ditadura no Brasil marcada por censura, mortes e torturas e que não permitiu o voto direto até 1989.

“O Brasil hoje é outro país depois de 1964. Eu acho que foi bom, tivemos avanço no Brasil. O Brasil era um Brasil diferente dos governos dos anos 60, 70, depois do regime militar. O Brasil avançou. Se você pegar a energia que temos no país hoje, desenvolvimento da parte Norte do Brasil, da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] brasileira, tudo isso começou com os governos militares”, disse o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele afirmou ter críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), assim como Bolsonaro, e que não enxerga ameaças aos Poderes ou à democracia. “Também tenho as minhas reservas com as urnas eletrônicas”, disse, citando que os ministros têm posições políticas.

“Hoje a sociedade brasileira tem se posicionado contrariamente às posições que o STF tem adotado. Não vejo ataque à democracia.”

Ele já havia sido um dos principais defensores das posições do governo durante a CPI da Covid. Durante a sabatina, manteve os mesmos posicionamentos sobre a ivermectina e a cloroquina, que já foram estudados e são ineficazes para combater a covid. Disse que, se “os médicos preconizarem”, vai usar na rede pública.

“Eu vou ter um secretário da Saúde médico. Se médicos receitarem, eu vou fazer. Eu sei que eu perco votos com essa posição, mas eu tenho convicção.”

Sobre a divisão de votos conservadores entre ele e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), que lidera as pesquisas eleitorais, ele diz não ver problema e que serão dois palanques para Bolsonaro. “É uma questão de partidos. Eu lancei a minha pré-candidatura primeiro e já temos uma aliança com o PTB.”

“Nós temos hoje dois palanques aqui, e a princípio não tem condições [de apoiarem um ao outro]. No segundo turno, sim, nós vamos estar juntos de qualquer jeito. Eu apoiando ele, ou ele me apoiando”.

Disse que tem uma “relação de amizade” com Bolsonaro, com um histórico desde os anos 1990. “É ruim ele escolher só um candidato. No primeiro turno, ele não pode fazer diferente. No segundo turno, estaremos todos juntos.”

Após o anúncio da pré-candidatura de Eduardo Leite, voltando à disputa ao governo, ele afirmou que “está se preparando para ganhar”.

“A minha bancada estadual ajudou o [Ivo] Sartori [ex-governador do Rio Grande do Sul] e também o Eduardo Leite [ex-governador e atual adversário]. Se eu quero melhorar o Rio Grande do Sul, eu tenho que fazer melhor que o Sartori e Leite, e vou fazer”, disse.

Também criticou a recuperação fiscal na gestão de Leite e disse que vai tentar fazer uma nova negociação com o governo federal se for eleito.

O que diz a pesquisa mais recente

Pesquisa Real Time Big Data, contratada pela TV Record e divulgada em maio, mostra o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) liderando a corrida eleitoral. Com 23% das intenções de voto, ele fica à frente de todos os demais candidatos, que não conseguem alcançá-lo nem dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Atrás de Onyx, aparecem oito adversários empatados tecnicamente. São eles: Edegar Pretto (PT) e Ranolfo Vieira Jr. (PSDB), ambos com 7%; Beto Albuquerque (PSB), Pedro Ruas (PSOL) e Luis Carlos Heinze (PP), os três com 6%; além de Vieira da Cunha (PDT), com 3%, Gabriel Souza (MDB), com 2%, e Roberto Argenta (PSC), com 1%.

Ontem, Eduardo Leite anunciou que vai concorrer à reeleição no lugar de Ranolfo Vieira Jr., seu correligionário e atual governador após ele renunciar.

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