A presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, recebeu o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Corrêa, além de outros gestores da agência, para uma apresentação do Programa Nacional de Proteção do Conhecimento Sensível (PNPC), que está em fase inicial de implementação no órgão. O encontro foi realizado na quarta-feira (24).
O PNPC consiste em uma consultoria especializada com foco na proteção de conhecimentos sensíveis de instituições, públicas ou privadas. Na ocasião, a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, destacou o objetivo do programa e pontuou quais as fases desse trabalho. “Esse encontro representa a primeira etapa efetiva de implementação do programa, que inclui: sensibilização, avaliação de riscos e acompanhamento. O objetivo é fazer uma avaliação dos riscos com base na metodologia Abin e implementar ações de segurança local e virtual dentro do FNDE.”
Nessa primeira etapa, o foco é a promoção da cultura de proteção de conhecimentos sensíveis – sigilosos ou estratégicos, que podem comprometer o alcance dos objetivos da Autarquia –, por meio de palestras de conscientização para todo o corpo de servidores e colaboradores. Na etapa de avaliação de riscos, a Abin utiliza uma metodologia própria para compreender ameaças que podem afetar os objetivos do FNDE, resultando em um relatório detalhado. Na fase final do programa, a agência ofertará apoio e assessoramento na execução das recomendações listadas, tornando a segurança do FNDE cada vez mais eficaz por meio de um trabalho de colaboração estratégica.
Conhecimento sensível é todo o conhecimento, sigiloso ou estratégico, cujo acesso não autorizado pode comprometer a consecução dos objetivos nacionais e resultar em prejuízos ao país, necessitando de medidas especiais de proteção.
Conhecimento sigiloso é aquele cuja divulgação ou acesso irrestrito acarreta risco à segurança da sociedade e do Estado.
Conhecimento estratégico é o que faz parte do planejamento para alcançar diferenciação ou vantagem competitiva frente aos adversários e, por esse motivo, pode influir no processo de tomada de decisão dentro de uma nação ou organização. É importante ressaltar que nem sempre esse conhecimento é sigiloso, mas necessita de medidas especiais de proteção
Como funciona – O Programa Nacional de Proteção do Conhecimento Sensível (PNPC) é uma consultoria de segurança com foco na prevenção de espionagem, sabotagem e vazamento de informações. Desde 1997, busca promover a proteção de conhecimentos sensíveis em instituições nacionais.
Produtos do PNPC:
– Consultoria em segurança
– Ações de sensibilização
– Avaliação de riscos aos conhecimentos sensíveis
– Cartilhas e vídeos de boas práticas de segurança
O PNPC atua na sensibilização de pessoas, na identificação de ameaças e vulnerabilidades nos sistemas de proteção da instituição e na apresentação de recomendações para redução de risco de incidentes.
PNPC em números – Entre 1997 e 2020, foram mais de 50 mil pessoas sensibilizadas e 96 avaliações em sistemas de proteção ou avaliação de riscos. De 2015 até 2020, foram realizados 38 fóruns de proteção do conhecimento sensível.