O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quarta-feira (13), o lançamento do processo de nomeação de seu futuro diretor-geral, diante do fim, em 30 de setembro, do mandato atual da búlgara Kristalina Georgieva, que pode ser reeleita.
O processo vai durar até o fim de abril e será feito sob o princípio de uma “seleção aberta, transparente e baseada no mérito”, informou o FMI em nota.
Na terça-feira, os ministros das Finanças da União Europeia se pronunciaram a favor de manter no cargo Georgieva, que ainda não informou oficialmente suas intenções.
Tradicionalmente, o número um do FMI é o candidato proposto pelos países europeus, enquanto o presidente do Banco Mundial (BM) é o candidato dos Estados Unidos.
Trata-se de uma distribuição que os principais países emergentes, a começar por China e Índia, questionam cada vez mais.
A divisão de capital destas duas instituições continua dando um peso preponderante aos Estados Unidos e à UE.
O processo começa na quinta-feira, com um período de apresentação de candidaturas de três semanas que se estende até 3 de abril.
Os candidatos são propostos por um dos governadores do FMI, em geral de bancos centrais dos países-membros, ou por um diretor-executivo.
Em uma segunda instância, o conselho administrativo do Fundo vai validar uma lista de candidaturas aceitas. Entre estes nomes será eleito o próximo titular do FMI.
Esta seleção ocorre um ano depois da nomeação do novo presidente do BM, Ajay Banga.
Nascido na Índia, mas cidadão americano, Banga foi o único candidato proposto.