O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou de acordo com a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, que não quer ser ministro do STF. Segundo o colunista, aliados bem próximos que, embora considere uma indicação para o Supremo algo honroso, não tem interesse em ir neste momento para o tribunal. Em outubro, será aberta uma vaga com a aposentadoria de Rosa Weber.
Dino segue decidido a disputar o pós-Lula, em três ou sete anos, ou seja, se o presidente decidir ou não concorrer à reeleição. Dino é um dos nomes que Lula também considera como uma opção para sucedê-lo, como seu candidato à Presidência, embora, segundo aliados do petista, não teria como dizer não a um eventual pedido de Dino para ir para o STF.
Aos mesmos aliados em que disse não ter interesse nisso neste momento, Dino afirmou conforme a Guilherme Amado, que gosta de ser político e não se arrependeu da opção que fez no passado, ao deixar a magistratura para ingressar na política. O ministro não descartaria, no futuro, ir para o STF, mas considera que não faria sentido neste momento movimentar-se para isso.
A decisão de Dino deve frustrar parte do PT, que estava animada com a possibilidade de ele ser indicado e, assim, ser menos um na disputa sobre quem vai suceder Lula. Nas últimas semanas, a diminuição de suas entrevistas e presença na mídia fez colegas seus na Esplanada entenderem que seria um movimento calculado com vistas ao STF. O entorno de Dino, entretanto, nega que haja esse objetivo e, portanto, a estratégia.