Ao atacar o relator da CPI da Pandemia, chamando-o de “vagabundo”, o senador Flávio Bolsonaro (Rep-RJ) ficou sujeito a responder por “quebra de decoro” no Conselho de Ética do Senado. Não será a primeira vez que parlamentares são alvo de denúncias assim, mas no Senado raramente casos de quebra de decoro evoluem para punição grave conforme a coluna de Cláudio Humberto no Diário do Poder. Até hoje, de acordo com a publicação, só os ex-senadores Luiz Estevão e Demóstenes Torres perderam o mandato, ainda assim porque eram acusados de crimes graves.
O presidente da CPI, Omar Aziz, mandou retirar dos autos da sessão de ontem as palavras de Flávio Bolsonaro contra Renan Calheiros.
Se foi essa a intenção, Flávio Bolsonaro conseguiu: sua intervenção interrompeu a discussão sobre a prisão de Fábio Wajngarten.
A longa suspensão da sessão permitiu aos senadores da CPI negociar a solução de encaminhar o caso Wajngarten para o ministério público.
A confusão na CPI reverteu a impressão de que o depoimento do ex-secretário tinha sido, de um modo geral, positivo para o governo.