A família Bolsonaro atua para minimizar a ira que tomou sua base após dois afagos públicos trocados entre o governador de São Paulo Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente Lula. À coluna, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) evitou fazer críticas ao governador e disse que a “situação foi protocolar”.
— A situação foi protocolar, como deve ser — afirmou. Flávio, no entanto, dirigiu ataques ao partido de lula.
— Triste era quando Bolsonaro estava na Presidência da República, ia a um Estado governado pelo PT e proibiam até a PM de dar o suporte para sua segurança. Uma irresponsabilidade — falou.
Flávio Bolsonaro também fez uma provocação e afirmou que “elogiar ministros de Bolsonaro é fácil, difícil é elogiar ministros de Lula”.
— Lula deve ter uma inveja danada de o Tarcísio ser Bolsonaro — disse o senador.
A reação vai em linha oposta à de parlamentares bolsonaristas. Como informou a coluna, eles criticaram fortemente os gestos de Tarcísio para Lula, ocorridos quatro dias após a casa de ex-presidente, em Angra dos Reis, e seu filho Carlos Bolsonaro serem alvos de uma operação policial.
— Vamos deixar esse legado trabalhando juntos. Muito obrigado pela parceria, presidente Lula — disse Tarcísio.
— O Tarcísio trabalhou no Dnit, trabalhou fazendo o gasoduto Coari-Manaus, quando eu era presidente. Eu encontrei o Tarcísio em Coari, no meio da Amazônia, trabalhando no gasoduto. Depois, o Tarcísio trabalhou com a Dilma Rousseff. Depois, eu estranhei que ele foi trabalhar com o Bolsonaro. Mas paciência, é uma opção dele. E depois ele ganhou, de nós, as eleições. O que eu vou lamentar? Tenho que parabenizar e preparar para derrotar vocês nas próximas eleições — disse Lula.
Durante o discurso do presidente, houve gritos na plateia de “Volta para o PT, Tarcísio”.