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Estimular o afroturismo no Brasil, com a promoção de suas características no mercado global. É com esse objetivo principal que o diretor da área de Turismo do CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e Caribe –, Oscar Rueda García, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, assinaram nesta última quinta-feira (25), em Madri, uma cooperação técnica no valor de US$ 150 mil (em torno de R$ 730 mil, na cotação atual). O conceito de afroturismo valoriza o protagonismo do empreendedor afro e se refere à incorporação de experiências turísticas que envolvem a celebração da cultura, da história e das vivências da população afrodescendente.
O acordo assinado prevê a criação de um Mapa de Afroturismo no Brasil, a elaboração de um documento a ser trabalhado junto ao segmento turístico com boas práticas, com ênfase em afroturismo e turismo étnico. Ainda será realizada capacitação sobre o assunto com empreendedores e líderes dos setores público e desenvolvido um Plano Estratégico para a Promoção Internacional do Afroturismo.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comemorou o apoio para desenvolver o afroturismo no Brasil e promovê-lo internacionalmente. “Não existe história do Brasil sem a história da África. Colocar o afroturismo no centro da nossa pauta de promoção internacional e agora fechar esse acordo o CAF para financiar o setor é algo estratégico para fortalecer os afroempreendedores, gerar emprego e valorizar a memória do povo negro brasileiro. Os turistas vão nos ajudar a construir um país mais justo, inclusivo e comprometido com o combate ao racismo”, destacou.
Ainda segundo Freixo, o acordo de cooperação técnica irá contribuir nos esforços da Embratur para a ampliação da chegada de turistas estrangeiros interessados em viver experiências de afroturismo no Brasil. “Estamos falando de visitar locais-referência de acontecimentos negros, mas também de experiências de quilombos, terreiros, de escolas de samba, de blocos afro, dos festivais de música e artes. Falamos das memórias do nosso país, mas também do que estamos construindo no presente e do que projetamos para o futuro”, completou.
O diretor de Turismo do CAF, Oscar Rueda García, falou sobre a importância de fortalecer o segmento turístico. “O Brasil deverá ter 8% do PIB abarcado pelo setor de turismo em 2024, com projeções de arrecadação com turismo que superam o nível pré-pandemia. A expansão da oferta de turismo cultural pelo afroturismo pode ser um valioso atrativo para turistas de todo o mundo, uma vez que se observa uma tendência crescente de interesse em projetos turísticos que promovem a herança cultural africana. Trata-se de um novo mercado, que começa a estabelecer-se na rede global de turismo, com amplas oportunidades a serem exploradas pelo Brasil”, declarou.
O CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe – tem como missão impulsionar o desenvolvimento sustentável e a integração regional, por meio do financiamento de projetos nos setores público e privado, fornecendo cooperação técnica e outros serviços especializados. Constituído em 1970 e composto atualmente por 21 países – 19 da América Latina e do Caribe, junto com Espanha e Portugal – e 13 bancos privados, é uma das principais fontes de financiamento multilateral e um importante gerador de conhecimento para a região. As informações são do CAF.
