Sai hoje, no D.O. do Rio, o edital para a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fiocruz/Manguinhos, em Santa Cruz. Segundo Ancelmo Gois, o lançamento contará com a presença do ministro Eduardo Pazuello. Será o maior da América Latina e um dos mais modernos do mundo, podendo aumentar em quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos para atender, prioritariamente, as demandas do SUS. A produção do complexo reforça a autossuficiência do Brasil na área de imunológicos, reduzindo a dependência de tecnologia externa.
O CIBS representa, segundo a Fiocruz, um impulso grande na capacitação nacional, além de aumento na produção de medicamentos que tratam doenças raras, crônicas, autoimunes, oncológicas. Além, é claro, de conseguir respostas mais imediatas em situações de emergência sanitária, como a Covid-19.
Para a construção do complexo, que será sustentável, o investimento será Built to Suit – o financiamento será privado, pago na forma de aluguel e com reversão do patrimônio no prazo de 15 anos. Custará R$ 3,5 milhões e vai gerar cinco mil empregos diretos na primeira etapa e 1.500 postos de trabalho para a operação do empreendimento.
Os investidores terão o prazo de 120 dias, a partir de hoje, para apropriação e estudo do projeto. O terreno do Complexo abrange uma área de 580 mil metros quadrados e, inicialmente, serão erguidos nove prédios. A capacidade de produção está estimada em 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos por ano. Para o diretor Mauricio Zuma, de Bio-Manguinhos, a importância do complexo fica ainda mais evidente nesse momento em que o mundo vive uma pandemia, cujo controle só é possível com a imunização da população: “O CIBS se insere em uma política de estado que visa a autonomia na produção de insumos essenciais para a saúde da população, aliada ao avanço da capacitação nacional em tecnologia de imunobiológicos. Esse empreendimento é essencial para garantir a nossa soberania no atendimento às demandas públicas de saúde.