O deputado federal cassado Deltan Dallagnol afirmou que deve ganhar salário equivalente ao do cargo elegível, de R$ 41 mil, para atuar como “embaixador” do Partido Novo. O ex-procurador da Lava-Jato, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio deste ano, se filiou à legenda no último sábado. As informações são do portal O Antagonista.
Veja mais: Partido Novo filia Deltan em evento com ‘PowerPoint do Lula’, críticas ao STF e Zema ovacionado
Entrevista: Deltan Dallagnol admite erro sobre fundo da Lava-Jato e critica argumentos de Toffoli sobre Odebrecht: ‘Ridículos’
Em entrevista ao Papo Antagonista nesta terça-feira, o parlamentar cassado afirmou que vai receber remuneração do partido para desempenhar uma função de “embaixador” para convocar novos nomes para filiação ao Novo:
— Eu vou ser remunerado pelo partido. Sempre fui remunerado por verba pública, como procuradora da República e como deputado federal. A questão não é se vou ser remunerado por verba pública, e sim se vai ser feito um serviço com honestidade, com integridade e com um serviço pelo Brasil.
Deltan e a esposa, Fernanda Dallagnol, se filiaram à legenda no último sábado, durante o 7º Encontro Nacional da legenda. Ela é cotada para concorrer à prefeitura de Curitiba pela legenda no próximo ano, uma alternativa encontrada por aliados diante de decisão do TSE pela cassação.
Nas redes: Deltan Dallagnol questiona decisão de Toffoli que anulou punição para Appio: ‘Existe Justiça no Brasil?’
O ex-procurador foi cassado com base na Lei da Ficha Limpa, por ter se candidatado enquanto respondia a um processo administrativo dentro do Ministério Público, instaurado pouco antes de se desvincular do órgão para concorrer. No entanto, o estatuto do Novo proíbe a filiação de ingressantes com ficha suja ou que não estejam no pleno gozo de seus direitos políticos. Há dois artigos no documento, aprovado em 2018, que vão contra a situação jurídica de Deltan.