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sábado 20 de novembro de 2021 às 06:50h

Filiação de Bolsonaro ao PL pode ameaçar aliança com ACM Neto

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Conforme Rodrigo Daniel Silva no jornal Tribuna desde sábado (20), a cúpula do PL na Bahia já admite, reservadamente, que a possível filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido virou uma “ameaça” à aliança com o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia. Nesta semana, em entrevista à rádio Salvador FM, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), afirmou que quer o PL na sua base de apoio para disputar o Palácio de Ondina no próximo ano.

Roma deseja ser candidato a governador com o apoio de Bolsonaro. Um integrante do PL, em conversa reservada, afirmou que será difícil resolver o impasse, já que ACM Neto descarta qualquer possibilidade de apoiar a reeleição de Bolsonaro. Por outro lado, os prefeitos do PL na Bahia já estariam “comprometidos” com a candidatura de ACM Neto. Para tentar manter a sigla no seu grupo político, o ex-prefeito tem prometido “vitaminar” a legenda. Ou seja, filiar quadros relevantes ao partido para garantir um aumento da bancada de deputados federais. O número de parlamentares eleitos é relevante para as siglas porque define o tempo de televisão e o valor do fundo partidário e o eleitoral.

De acordo com a publicação, a avaliação de aliados de ACM Neto e de João Roma é de que os dois devem entrar em conflito nos próximos meses para ter o apoio do PL e do Republicanos na disputa para o governo da Bahia. Neto já admitiu publicamente que será postulante na eleição do próximo ano e marcou um evento para oficializar sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina. Roma tem tergiversado, mas sinalizado o interesse em ser candidato com apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta semana, Roma que disse ser “natural” os partidos apoiadores de Bolsonaro estarem na aliança do candidato bolsonarista na Bahia. “Para o próximo ano, caminhando para a reeleição do presidente Bolsonaro, como núcleo central, é importante que haja harmonia de três partidos que estão mais próximos hoje do governo, que são o PL, o Republicanos, que eu faço parte, e o Partido Progressistas, partido do senador Ciro Nogueira, que é o ministério chefe da Casa Civil. Então, é muito importante estabelecer essa harmonia entre esses três principais e a partir disso nós construímos um arco de aliança e apresentar na reeleição do presidente aos brasileiros no próximo ano”, declarou.

Além do PL e do Republicanos, Roma afirmou que buscado dialogar com PP, que hoje está na base do governador Rui Costa (PT). “É fundamental que a gente também busque construir um arco de alianças até junto com o PP. Nós temos também travado muitos diálogos tanto aqui com o deputado Cacá Leão, como com o próprio vice-governador João Leão, que também almeja ser candidato a governador no próximo ano. Então, acho que tem muita água pra rolar na sucessão do estado da Bahia, inclusive nessas composições partidárias que podem resultar inclusive em novas configurações para serem apresentadas ao eleitor baiano”, disse ele.

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