Um é filho do senador Otto Alencar, presidente do PSD no estado, Otto Filho é uma das principais apostas do partido para disputar por uma vaga no Congresso Nacional para deputado federal. Além de Otto Filho, outro possível candidato também do PSD é Diego Coronel, filho do presidente da Assembleia Legislativa, Ângelo Coronel, briga pelo lugar do pai, que cogita mudar de ares após sete mandatos como deputado estadual. A princípio, sonha com espaço na chapa majoritária do governador Rui Costa (PT) na sucessão estadual.
Quem já está com o martelo batido é Otto Alencar Filho, que vai tentar a Câmara. Formado em Administração, ele tem 40 anos e inicia na política com a mesma idade com que o pai ingressou na vida pública. O senador conta que o filho sempre atuou na iniciativa privada até se tornar presidente da Desenbahia em 2015.
“Foi uma escolha exclusivamente dele. Na Desenbahia, ele viu que poderia dar uma contribuição ao setor público. Eu acho que ele está mostrando uma vocação que eu não esperava”, revela o senador, negando que tenha pressionado Otto Filho a ser candidato. “Se fosse por herança, eu colocaria ele desde cedo. Foi um movimento espontâneo”, enfatiza.
Experiência
Diego Coronel, por sua vez, é mais experiente na política baiana. Formado em Administração, ele já foi prefeito do município de Coração de Maria, cidade que também esteve sob comando do pai. Aos 34 anos, quer dar um novo passo na carreira política, assumindo o lugar de Coronel na Assembleia.
“Ele tem um legado muito forte. A cobrança vai ser grande em cima de mim, mas sabemos que temos um longo caminho pela frente”, afirma Diego, que carrega a bandeira do municipalismo. “Em especial, a defesa das cidades de pequeno porte, onde os problemas só aumentam a cada dia”, afirma.
Diego revela, ainda, que não pretende voltar ao Executivo. Diz que espera construir uma boa trajetória no Legislativo. “Quero, agora, ter essa experiência de fato e poder dar minha contribuição de alguma forma, caso seja eleito”, ressalta o filho mais novo de Ângelo Coronel. “Meu irmão mais velho não gosta muito de política, prefere seguir a carreira empresarial. Em mim, despertou desde cedo a vocação para a política, que vejo como instrumento para ajudar as pessoas”, frisa, usando o discurso típico dos políticos com experiência.
Elogios
Os filhos dos políticos com candidatura no gatilho dizem que pretendem seguir o exemplo dos pais na vida pública. Eles veem o capital político já conquistado pelos pais como trunfo, mas apostam também nas próprias qualidades para conquistar o eleitorado, caso suas candidaturas se concretizem.
Diego Coronel afirma que o legado deixado para ele pelo pai é o olhar sempre direcionado ao lado humano. “A união das pessoas para fazer o bem, mostrando o poder das amizades para construir o caminho positivo. São estas as marcas de Ângelo Coronel”, ressalta.
Por Luan Santos