O aumento das importações de insumos e de máquinas e equipamentos em 2021 sinaliza uma reação da atividade econômica no segundo ano de pandemia, passado o choque inicial provocado pela covid-19 em 2020, apontou o Indicador de Comércio Exterior da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O volume importado de bens de capital – considerado como investimentos no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do País – teve um crescimento de 3,5% em relação a 2020. As importações de bens de consumo duráveis registraram aumento de 46,1% na passagem de 2020 para 2021. Já as importações de bens intermediários, que incluem os insumos para a produção, alcançaram patamar recorde em 2021, com crescimento de 25,6% em relação a 2020.
“Na comparação entre o volume exportado de bens de capital, bens duráveis de consumo e bens intermediários, somente o último mostra uma tendência de crescimento. Nesse grupo estão as principais commodities brasileiras”, apontou o Icomex, em nota da FGV.
No ano de 2021, a balança comercial brasileira registrou superávit recorde de US$ 61,2 bilhões, US$ 10,8 bilhões a mais que em 2020. A corrente de comércio (exportações mais importações) atingiu um ápice de US$ 500 bilhões, devido a um aumento de 34,2% nas exportações e de 38,2% nas importações na passagem de 2020 para 2021.