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segunda-feira 24 de janeiro de 2022 às 15:34h

Félix busca palanque para Ciro, mesmo sem “exclusividade”, diz jornal

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A iminência de uma aliança entre o pré-candidato a governador da Bahia, ACM Neto (DEM/UB), e o pré-candidato à presidência da República, Sérgio Moro (Podemos), não é um obstáculo para que o PDT da Bahia busque aliança com a campanha do democrata a nível estadual, disse em entrevista ao programa Isso É Bahia, da Rádio A Tarde FM, nesta segunda-feira (24) o deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Júnior.

“A gente não acredita que ele [ACM Neto] venha a fechar uma via alternativa única, até porque a composição da própria majoritária dele deve ser múltipla, a gente quer é ter nosso palanque, porque para a gente basta ter [o palanque] à disposição de Ciro para que as pessoas passem a conhecer ele, conhecer as ideias dele. Se as pessoas conhecerem Ciro e as ideias dele, para a gente isso já resolve”, afirmou Félix na entrevista.

Ciro Gomes lançou sua pré-candidatura à presidência da República na última sexta-feira, 21. As duras críticas a Bolsonaro e Lula no evento, segundo Félix, são importantes para marcar posição, embora o deputado federal reconheça que a visibilidade do pré-candidato dependa de alianças como a com ACM Neto.

“Precisamos mostrar para a população que, entra governo e sai governo, se enriquece o sistema financeiro brasileiro em bilhões e bilhões e bilhões de reais, e esse dinheiro falta para a infraestrutura, educação e segurança, falta para o brasileiro, que está empobrecendo cada vez mais”, falou.

A nível local, o presidente do PDT no estado não poupou críticas ao atual governador, Rui Costa (PT), principalmente nas áreas de educação e segurança.

A aproximação com Bolsonaro ou com o PT fez com que o PDT começasse a ficar atento a alguns dos seus parlamentares no estado. Dois de seus deputados estaduais, Euclides Fernandes e Roberto Carlos, não foram expulsos, mas foram avisados que não poderão continuar no partido se apoiarem a candidatura de Jaques Wagner (PT) ao Governo do Estado.

“E é bom avisar antes, eles serão notificados. Então há janela partidária que eles podem mudar. Não que não gostemos deles. Mas não podemos admitir que tomem um caminho adverso do partido”, disse Félix.

Já o deputado estadual Samuel Junior e o deputado federal Alex Santana já têm seus destinos fora do PDT. “Eles se aliaram com Bolsonaro. E toda questão a favor de Bolsonaro eles votam a favor independentemente de questão partidária. Então começamos a expulsão. Esses dois estão em processo pela nacional e devem concorrer por outro partido”.

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