A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) manifestou apoio à redução de 50% nas contribuições das empresas, nos próximos três meses, ao Serviço Social da Indústria (Sesi) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O montante estimado da redução passa de R$ 1 bilhão, ao longo dos próximos três meses, prazo fixado por medida provisória do governo para autorizar o corte, visando favorecer o caixa das empresas, afetadas pela crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19.
O impacto, no entanto, deverá superar este montante, devido à redução da atividade econômica.
Embora concordem com o corte no orçamento do Senai e do Sesi, os dirigentes industriais vêm tendo dificuldade de entender o aumento em 100% da taxa de administração cobrada pela Receita Federal para fazer o recolhimento das contribuições das empresas.
Para os empresários das indústrias, conforme o jorna A Tarde, isso trata-se de um contrassenso, pois a justificativa da medida provisória é desonerar as empresas, mas, por outro lado, vai onerar, em uma medida arrecadatória beneficiadora da Receita Federal.
A redução do orçamento do Sesi e do Senai reduz a capacidade de qualificação de mão de obra para 435 mil micro e pequenas empresas do país, responsáveis por 35% da geração de empregos, além de deixar apreensivos 62 mil colaboradores por conta da ameaça aos postos de trabalho.
No combate à pandemia, os dois serviços vêm contribuindo com hospitais públicos por meio do fornecimento de insumos e equipamentos necessários ao tratamento da Covid-19, como máscaras, aventais e até mesmo ajuda na montagem dos imprescindíveis respiradores mecânicos.