A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD) cobra um posicionamento do Governo Federal, através do MInistério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, sobre as agressões sistemáticas da embaixadora das Filipinas a uma trabalhadora, em Brasília, na embaixada do país asiático. “O Brasil é signatário da Declaração dos Direitos Humanos”, diz Luiza Batista, presidente da FENATRAD.
A FENATRAD emite também esta nota pública de “veemente repúdio à covarde agressão da embaixadora de Filipinas, Marichu Mauro, à empregada doméstica, que prestava serviços na Embaixada, em Brasília. As agressões ocorreram em forma de tapas tapas no rosto, puxões de cabelo na funcionária e ataque com um guarda-chuva”. As imagens do vídeo divulgado no Fantástico, na edição de ontem (25), demonstraram que a trabalhadora não conseguia se defender da violência.
A presidente da FENATRAD, Luiza Batista, afirma que deve ser exigida uma retratação da embaixadora e medidas do governo filipino. Uma base da Federação Internacional das Trabalhadoras Domésticas (FITH) na América Latina já foi acionada. A FITH tem em Hong Jong sua base mais próxima das Filipinas.
“Solicitamos ás autoridades brasileiras e internacionais a averiguação dos fatos com a máxima urgência possível”, diz nota pública da FENATRAD e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CONTRACS/CUT).
“É inadmissível que, em pleno século XXI, uma pessoa, com cargo diplomático importante, dita civilizada, e com a prerrogativa da imunidade diplomática, use uma embaixada para cometer tamanha truculência e total falta de respeito por uma trabalhadora e ser humano”, diz Luiza Batista, presidente da FENATRAD.
Segundo ela, inclusive, a embaixadora “rompe valores das convenções internacionais sobre direitos humanos assinadas pela Filipinas. O Estado brasileiro deve fazer valer o cumprimento de todos os pactos internacionais relativos a garantia dos direitos humanos e do combate à tortura, para que o crime cometido não fique impune”, diz a nota da FENATRAD e CONTRACS/CUT. E também cobra ao governo filipino que seja oferecida a trabalhadora doméstica agredida todo o tratamento psicológico necessário, já que a trabalhadora retornou ao seu país de origem.