Na última terça-feira (20), a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de Antônio Joaquim da Mota, conhecido como “Tonho”, um fazendeiro apontado como um dos principais fornecedores de drogas para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O indivíduo, que já era alvo de um mandado de prisão por crimes como posse e tráfico de arma de fogo e drogas, além de pertencimento a organização criminosa, foi detido em Ponta Porã (MS), cidade na fronteira com o Paraguai.
A investigação da PF revela que “Tonho” mantinha estreitos vínculos com Dario Messer, conhecido como o “doleiro dos doleiros”, alvo da Operação Lava Jato. Messer teria sido abrigado em uma propriedade da família Mota em Pedro Juan Caballero, Paraguai, conforme aponta o inquérito policial. Há relatos de que ambos celebraram aniversários juntos, indicando uma relação mais profunda do que amizade.
O celular de Messer teria sido conectado à rede wi-fi da família Mota entre maio e julho de 2018. Além disso, o filho de Antônio Joaquim, Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, conhecido como “Dom” ou “Motinha”, está atualmente sendo procurado pela Interpol, acusado de facilitar a confecção de documentos paraguaios e ocultar mais de US$ 200 mil do doleiro.
O “Clã Mota” é identificado como uma organização criminosa voltada para o tráfico internacional de drogas, operando na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A família tornou-se multimilionária através do envio de drogas para a Europa, segundo as investigações da PF.
Antônio Joaquim da Mota, devido à sua periculosidade e ao risco de tentativa de resgate, foi transferido da cidade de Ponta Porã para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS).