Um a cada 10 baianos vivem em favelas, espalhadas em todo estado. No entanto, entre os 28 municípios baianos que possuem favelas, em alguns municípios a proporção de cidadãos que moram em favelas é superior ao índice estadual.
Um dos exemplos é a capital baiana, em que quase metade da população vive neste tipo de comunidade urbana. A informação consta no último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (8) e organizado pelo Bahia Notícias.
Segundo o Censo de 2022, mais de 1 milhão e 370 mil baianos vivem em favelas, porém deste número a maioria é de soteropolitanos. Em Salvador, 1.033.258 milhão de pessoas moram em favelas, o equivalente a quatro a cada dez soteropolitanos, 42% do total.
O cenário é similar em Ilhéus, no extremo sul baiano, em que um a cada três moradores mora em favelas. Com 178.649 habitantes, Ilhéus possui 64.364 mil cidadãos vivendo nestas comunidades urbanas, o equivalente a 36%. Ainda em termos de maiores proporções, Lauro de Freitas aparece em terceiro lugar, com 20% da população alocada em favelas. São 42.079 mil lauro-freitenses, 1 a cada 4 dos 203.331 mil habitantes.
Para o IBGE, são consideradas favelas “territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados, diante da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade”, escreveu o órgão.
Na lista de maiores índices entre total de habitantes e moradores destas comunidades, aparecem Candeias, com 19,68% (14.242 mil habitantes); Camaçari, com 18,25% (54.664 mil); e Vera Cruz com 17,76% (7.988 mil habitantes).