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quarta-feira 21 de julho de 2021 às 07:37h

Faroeste aponta R$ 65 milhões em movimentação bancária de três desembargadores

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Conforme o jornal Correio, as quebras de sigilo bancário dão base para nova denúncia da Faroeste, que apontam os três desembargadores acusados no último cerco da Procuradoria-Geral da República (PGR) movimentaram quase R$ 65 milhões entre 2013 e 2019, ano em que foi deflagrada a operação contra o esquema de grilagem e venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ).

Segundo a coluna Satélite, o fluxo de transações bancárias atribuías a Gesivaldo Britto, José Olegário Monção Caldas e Maria do Socorro Barreto Santiago foram de, respectivamente, R$ 24,4 milhões, R$ 22,3 milhões e R$ 17,4 milhões. Os dois primeiros estão afastados das funções desde o fim do ano retrasado. Já Maria do Socorro cumpriu prisão preventiva por mais de um ano e meio.

De acordo a área de inteligência financeira da Polícia Federal, R$ 5,6 milhões não tiveram origem ou destino informado. O que, para os investigadores da Faroeste, reforça as suspeitas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro proveniente do esquema no TJ.

Pedalada fiscal

De acordo com a publicação, além do uso de empréstimos frios e fracionamento de grandes somas em pequenos valores para escapar dos órgãos de controle (smurfing), conforme revelado ontem pela Satélite, as investigações também detectaram outra técnica usual entre profissionais em lavar dinheiro ilícito. No caso, o chamado “caixa fictício”, mecanismo utilizada pelo desembargador Gesivaldo Britto. “Ao se investigar a quebra fiscal do magistrado, percebeu-se um incremento, ano a ano, de valor de suposta quantia mantida em espécie”, destacou a PGR. No entanto, não foi encontrado montante em dinheiro nas buscas realizadas em endereços de Britto.

Também alvo da nova denúncia da operação, a empresária Geciane Maturino, esposa do falso cônsul Adailton Maturino, teve ontem o pedido de liberdade negado pelo juiz Vicente Reis Santana Filho, da Vara de Delitos Praticados por Organização Criminosa de Salvador. Em 30 de junho, o STJ mandou soltar Geciane e as desembargadoras Maria do Socorro e Ilona Reis. Mas Geciane tinha contra ela outra prisão decretada, no âmbito da Operação Immobilis, que também investigou grilagem na Bahia. Apresentou petição para tentar sair, mas o recurso foi rejeitado.

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