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As eleições de meio de mandato nos Estados Unidos apresentam grandes apostas para os democratas e para o presidente Joe Biden (foto ilustrativa). © REUTERS - TOM BRENNER
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domingo 31 de julho de 2022 às 16:50h

Faltam 100 dias para as eleições nos EUA em meio de mandato, futuro dos democratas segue incerto

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Para Joe Biden, a função de presidente até agora tem sido sinônimo de crises sanitária, econômica, política, social, o que pode justificar parte do seu baixo índice de popularidade. Neste contexto, cada vitória ganha importância ainda maior, e, nas últimas semanas, o presidente conquistou algumas.

A começar pelo vasto plano de reforma destinado, em especial, a reduzir os preços dos medicamentos, combater o aquecimento global, além de submeter grandes empresas ao pagamento de mais impostos. Um plano que havia sido bloqueado por meses apenas por um homem, Joe Manchin, um senador democrata que finalmente se diz pronto para votar a favor do pacote de medidas.

Ainda na onda de boas notícias estariam os preços mais baixos dos combustíveis, prometidos por Joe Biden após picos de aumento para os consumidores finais. Boa nova que ganha ainda mais dimensão quando paira sobre a economia americana um risco cada vez mais acentuado de inflação.

Por fim, também houve a votação na Câmara dos Deputados de um projeto para banir fuzis de assalto, armas semiautomáticas. Mesmo que o texto esteja fadado ao fracasso no Senado, para o campo do presidente esta será uma oportunidade de mostrar que eles precisam de mais democratas eleitos na câmara alta para avançar seus projetos. E faltando cem dias para as eleições de meio de mandato, esta é a mensagem transmitida repetidamente pelos democratas.

Tradição

Resta saber se os eleitores estão convencidos pelo trabalho feito até agora pelo governo Biden. No entanto, é uma tradição ou quase que, a cada eleição de meio de mandato, o partido do presidente alcance maus resultados.

A desaceleração da economia e, principalmente, a inflação, que atingiu o nível mais alto em quatro décadas, não deve reverter a tendência neste ano. Um ponto fraco do governo Biden sobre o qual os republicanos pressionarão durante a reta final antes da votação.

Além disso, para suas campanhas eleitorais, os republicanos se beneficiam de um orçamento colossal de US$ 130 milhões nos cofres do principal comitê de ação política do partido, contra US$ 60 milhões do lado democrata.

O boletim informativo Cook Political Report prevê que os republicanos ganharão entre 15 e 30 assentos na Câmara dos Deputados. O resultado seria muito mais do que os quatro assentos necessários para que eles assumam o controle.

No entanto, os democratas parecem estar com as energias renovadas para esta disputa por diversas decisões recentes da Suprema Corte, incluindo a que diz respeito ao direito ao aborto. É preciso aguardar para ver se essa mobilização ainda será tão forte em três meses e conseguirá influenciar a extensão dessa anunciada “onda vermelha republicana”.

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