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sexta-feira 20 de maio de 2022 às 08:08h

Falta vergonha aos que abandonam Doria e abandonarão Simone, diz colunista

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Conforme indaga o colunista Ricardo Noblat, do Metrópoles, que pergunta onde já se viu um partido desprezar o candidato que escolheu para presidente da República em eleições internas onde votaram 17 mil dos seus filiados? E enxotá-lo depois de ele ter renunciado ao governo do mais importante estado do país? É o que o PSDB está fazendo com João Doria, como se fosse algo natural.

Doria renunciaria ao governo se soubesse que seria rifado pelos caciques do seu próprio partido, justamente os responsáveis pela organização das eleições internas que ele ganhou? Não importa que eles tenham se empenhado em derrotá-lo apoiando outros nomes. Todos reconheceram o resultado das eleições.

Agora, querem trocá-lo por um candidato de outro partido a pretexto de que assim terão chances de derrotar Lula e Bolsonaro. Doria está empacado com 3% das intenções de votos, segundo todas as pesquisas conhecidas, e Simone Tebet (MDB) com 1%. As traíras dizem, porém, que o potencial de crescimento dela é maior.

Concluíram que o potencial de crescimento de Simone é maior com base em quê? Com base em uma pesquisa que encomendaram e que não pode ser divulgada porque não foi devidamente registrada na Justiça Eleitoral, como as demais pesquisas são. Uma pesquisa que ficará secreta, e que nem Doria poderá ter acesso a ela.

E daí se o potencial de crescimento de Simone fosse de fato maior? De volta à pergunta inicial: que partido é esse que escolhe em eleições internas um candidato a presidente da República, celebra sua renúncia ao governo do estado mais importante do país e depois lhe dá as costas? E dá as costas aos que votaram nele nas prévias?

Simone será abandonada pelos caciques do PSDB como Doria foi. Eles não estão interessados em ninguém para suceder Bolsonaro, mas no dinheiro do fundo partidário com o qual poderão emplacar um número maior de deputados federais e senadores. Negam isso para não agravar sua abissal falta de princípios e de palavra.

Pela mesma razão, o MDB se associa a tamanha demonstração de descaramento. Assim como o PSDB, o MDB também está dividido entre os que votarão em Lula e em Bolsonaro, mas esconde. Simone candidata custará muito pouco ao MDB, talvez só parte da verba que por lei deve ser gasta com candidaturas de mulheres.

A história política do Brasil está repleta de atos de traição. Um dos mais famosos ocorreu com o mineiro Cristiano Machado, lançado pelo Partido Social Democrático (PSD) a presidente da República em 1950. O PSD largou-o de mão antes mesmo do início da campanha, aderindo a Getúlio Vargas (PTB), que se elegeu.

Ali nasceu o termo “cristianização”. Machado foi cristianizado, Doria está sendo cristianizado, Simone será cristianizada.

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