Preso pela Operação Faroeste há um mês, o falso cônsul de Guiné-Bissau Adailton Maturino, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como mentor do esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), foi agraciado em 2018 segundo a coluna Satélite do jornal Correio, com o título de Amigo da PM.
A honraria, concebida para homenagear pessoas que contribuem com a polícia, foi entregue pessoalmente a Maturino pelo secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, durante cerimônia realizada na Vila da PM, no Bonfim, em 25 de agosto do ano passado conforme publicou o jornal nesta quarta-feira (18).
Ainda segundo a publicação, durante a solenidade, Maturino disse a uma emissora de TV que se tratava de “um dos momentos mais emocionantes” da vida dele.
À época, Maturino já havia sido alvo de outra operação, a Inmobillis, deflagrada em 2016 pelo Ministério Público do Estado para investigar fraudes na transferência judicial de imóveis. Ele só não foi preso porque escapou antes da chegada da polícia e, dias depois, foi beneficiado pelo TJ com um habeas corpus.