quarta-feira 3 de julho de 2024
Da esquerda para a direita: o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o ministro Alexandre de Moraes e o senador Carlos Portinho (PL-RJ) — Foto: Montagem sobre fotos de Najara Araujo/Câmara dos Deputados, Cristiano Mariz e Jefferson Rudy/Agência Senado
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sexta-feira 5 de janeiro de 2024 às 06:34h

Políticos bolsonaristas reagem a revelação de Moraes sobre plano para matá-lo

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Políticos alinhados a Jair Bolsonaro (PL) reagiram à revelação de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria sido alvo de um plano para assassiná-lo em meio aos ataques de 8 de janeiro do ano passado, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal. Em entrevista ao jornal O Globo, Moraes afirmou que a intenção de parte dos extremistas era “prendê-lo e enforcá-lo após o golpe”.

— Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento — disse o magistrado.

No X (antigo Twitter), o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da Frente Parlamentar Evangélica, propôs “reflexões e perguntas” a respeito do que chamou de “gravíssima” entrevista de Moraes. “Onde estão as provas?”, questionou o parlamentar. “O que a Polícia Federal fez? Prendeu as pessoas que iriam praticar tais atos? Quem são?”, prosseguiu, indagando ainda por que o ministro teria esperado “quase um ano” para falar sobre o assunto.

Outro correligionário de Bolsonaro a se manifestar na mesma rede social foi o senador Carlos Portinho (PL-RJ). Em postagem mais dura do que a do colega de partido, ele classificou o relato de Moraes como “factoide”. “O Ministro Supremo lança um factoide para chamar atenção e se faz de vítima sem revelar nada além — como lhe compete. Eles estão sempre em busca dos holofotes. Exatamente o contrário do que recomenda a magistratura”, pontuou Portinho.

Já o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) usou um canal no YouTube para comentar as declarações de Moraes. “Me pareceu mais uma obra de ficção”, diz o parlamentar no vídeo. “Pessoas no domingo, desarmadas, pessoas de idade, senhorinhas de idade… Entraram em um prédio público vazio. Esse era o plano para sequestrar o ministro e tirar sua vida? É meio difícil de acreditar”, continuou Gayer.

Já o também deputado federal Zé Trovão (PL-SC) compartilhou no Instagram um trecho da gravação publicada por Gayer e fez menção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Lula fazendo escola na arte de ‘se não temos narrativa… CRIAMOS UMA’. Quem acredita levanta o dedo! Eu NÃO”, escreveu Trovão.

Já o deputado federal cassado e ex-procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol publicou um longo texto no X em que faz uma série de perguntas a respeito da entrevista de Moraes. “Quem planejou matar o ministro e quais são as provas desse plano?”, questiona o ex-parlamentar ao abrir as indagações. “Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo?”, diz Dallagnol em outro momento.

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