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segunda-feira 4 de setembro de 2023 às 07:55h

Facção rival do Comando Vermelho invade interior da Bahia

NORTE DA BAHIA, NOTÍCIAS, RECÔNCAVO BAIANO


A fragilidade da segurança pública da Bahia só contribui de acordo com reportagem de Bruno Wendel, do jornal Correio da Bahia, para a “importação” do crime organizado no estado. Depois do terror no Recôncavo, agora foi Jacobina, no norte do estado, que “terceirou”. Na última segunda-feira (28), a cidade foi invadida por homens fortemente armados, fruto da parceria entre a facção Bonde do Maluco (BDM) e o Terceiro Comando Puro (TCP), segunda maior organização carioca que tem avançado no solo baiano. Os moradores acordaram apavorados com os vídeos que os próprios criminosos postaram nas redes sociais. Os faccionados decretaram que as localidades de Jacobina III e IV, Vila Feliz, Bananeira, Grotinha e Caixa d’Água agora pertencem ao grupo.

Expansão perigosa

Há cerca de quatro meses os santamarenses do bairro do Bonfim acordaram com as paredes de suas casas, muros e estabelecimentos comerciais pichados com a sigla do Bonde do Maluco (BDM) sobre as iniciais do TPC. De acordo com o universo das organizações criminosas, isso significa que a facção local, neste caso o BDM, a maior facção criminosa da Bahia, está “fechada”, que é a mesma coisa de “aliada”, com o TCP. A estratégia é diferente do método do arquirrival, o Comando Vermelho, que começou por Salvador em 2020, responsável por acirrar ainda mais a guerra do tráfico. Com o efetivo da polícia aquém do esperado, resta perguntar: quem mais vem por aí?

3 chacinas em 14 dias

O que dizer de três chacinas em 14 dias na Bahia? De 14 a 28 de agosto foram 17 mortos – entre as vítimas estavam três crianças e um recém-nascido. Esses massacres aconteceram em Feira de Santana (quatro), Paripe (quatro) e Mata de São João (nove). Além do sofrimento das famílias e a sensação de impotência da sociedade, o que mais podemos entender desses atos de extrema violência? Que esses homicídios múltiplos têm o foco principalmente no extermínio de pessoas periféricas no país. Tal fenômeno é um método expressado pela vingança, dominação e emprego do poder. E isso nos traz também uma reflexão: toda essa carnificina só reforça o cenário de caos que está mergulhada a segurança pública do estado.

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