A pandemia e a necessidade de isolamento social tiveram impacto no mercado de materiais de construção no ano passado. Mais pessoas reformaram suas casas, já que o tempo gasto no lar aumentou.
Neste ano, segundo a revista Veja, com o avanço da vacinação e a retomada das atividades, a dinâmica do mercado de materiais de construção mudou um pouco. O volume de vendas das principais fabricantes não cresceu tanto em relação ao observado no ano passado, mas o faturamento cresceu principalmente em razão da alta dos preços.
Segundo projeção da Juntos Somos Mais, startup de serviços no setor que é controlada por Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, o segmento de materiais de construção neste ano deve registrar 5% de aumento no volume de vendas em relação ao observado no ano passado. Já o aumento do faturamento é estimado em 28%, na mesma base de comparação.
Em 2020, as previsões eram de aumento de 11% no volume de vendas e de 17% no faturamento. O estudo explica que o fator preço foi preponderante para a alta do faturamento, apesar da desaceleração no volume.
“Em 2020, estudo da Juntos Somos Mais apontou que 75% do crescimento era justificado pelo auxílio emergencial. A redução do auxílio em 2021 juntamente com aumento de inflação e a liberação mais ampla do comércio (antes restrito a itens essenciais que incluíam materiais de construção) colaboraram para o crescimento menor no varejo da construção apontado acima”, explica o estudo.