“Luiza Câmara era um exemplo imenso de inspiração e referência. Ficamos todos tristes aqui”, declarou a deputada estadual Fabíola Mansur (PSB), na moção de pesar entregue à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em decorrência do falecimento, dia 19, da defensora dos direitos das pessoas com deficiência, pelos direitos das mulheres e fundadora da Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef), Maria Luiza Câmara.
Luiza, ainda jovem, foi diagnosticada com a doença de Still (autoimune), que gera inflamações no corpo, desgastes progressivos nas articulações e perdeu o movimento nas pernas. A ativista tem dois livros publicados: “Não se cria filho com as pernas” e “Mulher da vida”, o último foi publicado com capa do artista baiano Calazans Neto.
Nascida em Itabuna, Luiza se mudou para Salvador por conta dos estudos. À frente da Abadef, participou de atividades da militância por direitos das pessoas com deficiência, contribuindo para ampliação das conquistas na Bahia e Brasil, como o passe livre em ônibus, também criou, em 1993, o bloco de Carnaval “Me Deixe à Vontade”.
“Sempre ativa e na luta, sua trajetória é motivo de orgulho para todos nós. Um exemplo de muita coragem que espalhou e compartilhou com muitas pessoas. Luiza mostrou que a deficiência não deve ser escondida e jamais foi impedimento para ir à luta que travou com muito vigor e dignidade”, disse a deputada.