Encarregada de buscar no mercado opções para atender o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de comprar um novo avião presidencial, a Força Aérea Brasileira já encontrou um modelo que preenche os requisitos, informa o colunista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles.
Após uma série de estudos e conversas entre a cúpula da corporação, o Ministério da Defesa e o Palácio do Planalto, chegou-se à conclusão de que a melhor opção será comprar uma aeronave usada, mas em bom estado, e já configurada internamente para transporte VIP, com suíte, escritório, sala de reuniões e espaços confortáveis para convidados.
Novo em folha, um modelo do tipo sairia caro demais e, para além do impacto nas contas do governo, a aquisição poderia causar danos maiores de popularidade ao presidente e ao governo, diz a publicação.
A outra opção que chegou a ser considerada inicialmente era transformar um dos jatos intercontinentais que a FAB já possui em avião presidencial. Só que modificar a configuração interna dessas aeronaves também custaria muito.
Mercado de alto luxo
A busca, então, passou a se concentrar nas ofertas de aviões de alto luxo usados, com atenção especial para aqueles que servem aos multimilionários sheiks do Oriente Médio, que com certa frequência renovam a frota e colocam à venda os modelos que não querem mais.
Foi justamente olhando para esse mercado que a FAB encontrou uma opção considerada perfeita para os anseios de Lula.
Trata-se de um avião de transporte VIP que, atualmente ainda conforme o colunista, é utilizado em um país árabe.
Negociação sob sigilo
O valor do negócio, o modelo da aeronave e os demais detalhes da possível compra vêm sendo mantidos em absoluto segredo. Mas a opção já foi apresentada ao Planalto e a aquisição está relativamente bem encaminhada, segundo fontes ouvidas pela coluna de Rodrigo Rangel.
Ainda que um avião usado saia bem mais barato que um novo, trata-se de uma transação que envolve algumas centenas de milhões de reais.
Mais conforto interno e voos sem escala
Depois de fazer as primeiras viagens internacionais de seu terceiro mandato, Lula passou a se queixar da falta de espaço e da baixa autonomia das aeronaves que servem à Presidência e pediu aos seus auxiliares uma solução.
Em junho, ele chegou a tratar do assunto pessoalmente com a cúpula da FAB.
O presidente, que no início de seu primeiro mandato comprou um Airbus 319 (na foto em destaque) para substituir o antigo Sucatão, quer desta vez uma aeronave com espaços internos maiores e que seja capaz de fazer voos mais longos sem necessidade de escalas.
Se tudo der certo, o novo Aerolula — agora no padrão sheik árabe — estará a caminho de Brasília em breve.