O governador de São Paulo, João Doria, não engoliu o arquivamento do processo de expulsão do PSDB do deputado Aécio Neves (MG). A derrota, na executiva tucana, representou grande humilhação para Doria e o tucanato paulista, por isso virou uma questão de honra retomar o caso. A tendência é Dória se associar ao prefeito paulistano Bruno Covas, para quem não há espaço para ele e Aécio no PSDB.
O núcleo duro da pré-campanha ao Planalto acha, segundo a coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, que Doria não pode disputar a eleição de 2022 com “ladrões evidentes” filiados ao PSDB.
Doria está sendo pressionado pelos correligionários paulistas a esticar a corda, ciente de que, se ela arrebentar, terá de sair do partido.
Com Aécio e outros tucanos enrolados no PSDB, Dória teme perder autoridade para atacar a ladroagem de adversários óbvios como o PT.
O governador avalia que o PSDB é sua melhor opção partidária. Desfiliando-se, teria de criar um novo partido.