Ainda que batendo seu recorde anual ao atingir US$ 790 milhões no mês passado, as exportações baianas permaneceram em queda, pelo quinto mês consecutivo, quando comparadas a 2018. Em outubro elas ficaram 0,94% inferiores a igual mês do ano passado, basicamente pela redução de 5,2% no volume embarcado por conta da desaceleração da economia mundial e da base de comparação alta. As importações reagiram e cresceram 3,3% no mês alcançando US$ 691,6 milhões. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
No ano, até outubro, em meio ao cenário de desaceleração do crescimento econômico no mundo, preços reprimidos, redução da produção de grãos do estado e queda nas exportações para a Argentina diante da crise econômica no país vizinho, as exportações baianas recuaram 5,5% atingindo US$ 6,63 bilhões.
No mês de passado, as vendas externas foram afetadas principalmente pela queda nas vendas de produtos petroquímicos (-34,4%), em meio à forte diminuição das cotações internacionais e do baixo crescimento da produção doméstica; no setor de papel e celulose (-25,3%), afetados com demanda menor da China, estoques altos e cotações também mais baixas; e diminuição das exportações de soja e derivados (-18,3%), por menor apetite chinês pela commoditie, oferta menor devido diminuição da safra e preços médios 9,5% inferiores a outubro/2018.
Como destaque positivo em outubro ficou o algodão com crescimento de 63% nas receitas e de 83,1% no volume embarcado. Com as exportações pagando mais que o mercado brasileiro, os embarques de algodão em pluma estiveram intensos ao longo de outubro, 57% acima do volume de setembro, resultado do aumento da safra em 20% que deverá chegar a 1,5 milhão de toneladas.
Ainda tiveram desempenho positivo no mês as vendas de produtos metalúrgicos com crescimento de 76,1%, capitaneados pelos embarques de cobre; equipamentos para a indústria eólica; frutas, ouro e minerais.
Importações
Já na ponta das importações, houve ligeiro aumento de 3,3% em outubro sobre um ano antes, a US$ 691,6 milhões.
De um lado, houve acréscimo em bens intermediários (12,5%) e bens de capital (4,8%). Em contrapartida, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-33,5%) e bens de consumo (-56%).