As exportações baianas alcançaram no mês passado, US$ 1,22 bilhão, atingindo nível recorde para o mês na série histórica iniciada em 1997. Em relação a julho de 2021, as vendas externas da Bahia tiveram crescimento de 31,4%.
Assim como observado nos meses anteriores, o efeito preço foi o principal responsável pelo crescimento interanual com aumento de 39,3%, já que o volume embarcado registrou recuo de 5,7% no mês. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
Com o resultado de julho, as exportações somaram US$ 8,05 bilhões no acumulado de 2022 em relação ao mesmo período do ano antecedente com alta de 50,1% sobre o mesmo período do ano anterior.
No recorte por atividade econômica, houve avanço em julho nas exportações da indústria de transformação (44%), da agropecuária (23,8%) e da indústria extrativa (13%).
Por conta do aumento das vendas e dos preços dos derivados de petróleo na pauta, as exportações baianas para Singapura, lideraram como destino as compras de produtos baianos em julho, com 29,5% de participação e crescimento de 115% ante julho de 2021. A China vem a seguir com 23,4% de participação e queda de 1,6%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia subiram 35,3% no mês.
Já as importações alcançaram US$ 751,9 milhões em julho com alta de 95,4% sobre julho do ano anterior. As compras externas seguem puxadas pelos combustíveis, como reflexo da conjuntura internacional, com alta no mês de 232,2%, principalmente gás, petróleo cru e querosene.
Houve crescimento mais intenso no quantum das importações em julho, de 60,4%, do que nos preços dos produtos que foi de 2,8% no mês. Além do efeito de alta nos preços globais, a guerra entre Rússia e Ucrânia também impactou o comércio de fertilizantes. Em busca de fontes alternativas de fornecimento desses produtos, os produtores baianos aumentaram as importações vindas da Alemanha, China e Canadá. No caso da Alemanha, a importação saltou 683% em julho na comparação interanual, totalizando US$ 32 milhões.
Ainda assim, no acumulado do ano até julho, as importações de adubos e fertilizantes da Rússia continuaram liderando entre os principais fornecedores do estado com 28,7% de participação, com aumento de 300,6% no valor ante período equivalente de 2021, e de 69% no volume de compras.
No acumulado total de 2022, as importações somaram US$ 6,58 bilhões, com alta de 55,8% em relação ao mesmo período do ano passado.