O Brasil deve exportar entre 1,6 milhão e 1,7 milhão de toneladas na safra 2021/22, que está sendo colhida, estima a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). “As exportações nesta safra devem se manter estáveis ante a anterior”, disse o presidente da Anea, Miguel Faus, durante painel no 13º Congresso Brasileiro do Algodão, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
Segundo Faus, o momento atual é de baixa movimentação no mercado exportador com agentes apreensivos. “Vemos muita apreensão no mercado. Todo mundo olhando os preços e esperando para ver se o mercado irá retornar aos preços anteriores”, afirmou.
Faus apontou que os fretes ainda preocupam os exportadores, tanto na disponibilidade de contêineres para transporte marítimo internacional quanto na disponibilidade doméstica de fretes. “O problema da falta de contêineres persiste e não irá se resolver neste ano. Provavelmente, teremos que exportar esta safra até ano que vem porque vai faltar navios. E no Brasil, os preços do frete continuam subindo de forma expressiva com diesel elevado e inflação pesando”, comentou.
Outro ponto que preocupa os exportadores, segundo Faus, é a volatilidade “excessiva” dos preços da fibra. “A terceira preocupação é a recessão mundial. Vemos inflação aumentando em vários países do mundo, taxas de juros subindo, o que causa retração do comércio. A nossa preocupação é quanto esse cenário econômico vai durar”, observou.