Um presidente pode nomear o ministério que cuida do dinheiro da forma que bem entender. Nos EUA, o órgão equivalente se chama “Ministério do Tesouro” (Treasury Department). Em Portugal, “das Finanças”.
No Brasil, “Fazenda” predominava até que Collor trocou por Ministério da Economia, juntando as antigas funções de administrar a arrecadação e os gastos da máquina pública com as do Ministério do Planejamento. Itamar, seu sucessor, desmembrou a coisa e voltou com o nome “Fazenda”. 25 anos depois, Bolsonaro seguiu o exemplo de Collor, e ainda incluiu a Indústria e Comércio Exterior, mais boa parte do Ministério do Trabalho.
Já o nome vem do português arcaico, facienda. Significa “conjunto de bens”, “riqueza”. Motivo pelo qual as fazendas, maiores fontes de riqueza de antigamente, chamam-se “fazendas”.
Fonte: Robson Gonçalves, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).