Os dados que o Exército entregou ao TCU no processo de auditoria do sistema de controle de armas e munições no país desenham um cenário perturbador sobre a fiscalização de estabelecimentos autorizados a vender material bélico.
Até junho deste ano, quando o presidente Lula da Silva (PT) assinou um decreto revertendo normas do governo Bolsonaro, toda loja de armas e munições era obrigada a prestar contas mensalmente ao Exército. São os chamados “mapas de vendas”.
De 3.456 lojas autorizadas a vender balas de todos os calibres, só 643 mandaram essas informações corretamente ao Exército em 2022.
Mas, segundo a instituição, “isso não significa que o Exército não tenha informações completas sobre o controle de munições comercializadas, nos estabelecimentos autorizados”.
“O comércio varejista de munições tem a obrigação legal de registrar todas as vendas no Sistema de Controle e Venda de Munições (SICOVEM), por meio do qual o Exército tem acesso a todos os dados necessários para o controle de venda de munições em âmbito nacional”, afirmou a força armada em nota.
O Exército não reconhece falhas no sistema e diz que tem feito ajustes, na atual gestão, para aperfeiçoar o controle de munições.