O primeiro exame de sangue capaz de detectar os primeiros sinais de Alzheimer chegou ao Brasil recentemente, e promete revolucionar as avaliações de risco e, assim, o tratamento da doença. A novidade foi aprovada no primeiro semestre desse ano pela Food and Drug Administration (FDA) nos EUA, e em seguida trazida ao Brasil pela empresa Dasa, maior rede de saúde integrada do país, registra Vitor Paiva,da Hypeness.
O exame pode alterar consideravelmente um quadro de saúde relevante: segundo dados do Ministério da Saúde de 2020, 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer, mas a maioria dos casos não foi diagnosticada. A inovação se baseia na identificação de dois tipos da proteína beta-amiloide, a 40 e 42, importantes biomarcadores da doença, e utiliza uma tecnologia chamada espectrometria de massas, capaz de detectar moléculas em pequenas concentrações.
Segundo médicos, da mesma forma que exames anteriores como avaliação do líquor, o novo método não é de diagnóstico, mas sim de avaliação de risco, mas funciona de forma menos invasiva que a avaliação do líquor, que exige uma punção lombar e chega a custar até três vezes mais.
Os primeiros sintomas do Alzheimer costumam ser discretos, surgindo como perda de memória, dificuldade de executar tarefas cotidianas, desorientação, dificuldades na comunicação, alterações de humor e perda de iniciativa.
Apesar de a doença ainda não ter cura, o diagnóstico precoce permite a aplicação de cuidados e tratamentos capazes de desacelerar a progressão dos sintomas, controlar os efeitos e oferecer melhor qualidade de vida ao paciente com Alzheimer.
De acordo com informações, o novo teste através de sangue já está disponível nos laboratórios de medicina diagnóstica da Dasa, como Alta Excelência Diagnóstica, em São Paulo e no Rio, Delboni Auriemo, em São Paulo, Lavoisier, em São Paulo, Bronstein, no Rio, Salomão Zoppi, em São Paulo, Exame, no Distrito Federal, Frischmann Aisengart, no Paraná, Sérgio Franco e Lâmina, no Rio, Cerpe, em Pernambuco, Image e Leme, na Bahia, entre outros.