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sábado 6 de abril de 2024 às 10:32h

Ex-vice-presidente do Equador é preso após invasão da polícia na embaixada do México

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A embaixada mexicana em Quito, capital do Equador, foi invadida pela polícia equatoriana, resultando na prisão do ex-vice-presidente do país, Jorge David Glass Espinel, nesta última sexta-feira (5). Espinel, que residia na embaixada desde dezembro, foi condenado por corrupção no Equador em duas ocasiões durante seu mandato no governo do ex-presidente Rafael Correa de 2013 a 2017.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, reagiu ao incidente, classificando a prisão de Espinel como uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana. Ele instruiu a secretária de Relações Exteriores, Alicia Bárcena, a suspender as relações diplomáticas com o Equador.

Obrador expressou sua indignação no X, uma plataforma de mídia social, afirmando: “Alicia Bárcena acabou de me informar que a polícia equatoriana forçou a entrada em nossa embaixada e deteve o ex-vice-presidente deles”. Ele acrescentou que instruiu o chanceler a emitir uma declaração condenando o ato autoritário, tomar medidas legais e suspender imediatamente as relações diplomáticas com o Equador.

Anteriormente, México e Equador já haviam trocado várias provocações diplomáticas. A embaixadora mexicana em Quito, Raquel Serur Smeke, foi declarada “persona non grata” no Equador na quinta-feira (4), após críticas de Obrador às recentes eleições equatorianas. Obrador sugeriu que os candidatos presidenciais usaram a mídia, o assassinato do candidato Fernando Villavicencio e a violência em geral a seu favor durante a campanha.

O Ministério das Relações Exteriores do Equador, em um comunicado publicado no X, classificou os comentários de Obrador como “infelizes” e reiterou seu compromisso com a “dignidade e soberania do Estado equatoriano” e a “não intervenção nos assuntos internos de outros Estados”.

Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do México anunciou que concederia asilo político a Espinel, uma decisão que a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfield, criticou como “interferência nos assuntos internos”.

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