O ex-senador Ney Suassuna (Republicanos-PB) vai tentar mais uma vez alcançar a imortalidade: vai concorrer a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. A vaga em disputa era do poeta e diplomata Alberto da Costa e Silva.
A situação jurídica de Suassuna, no entanto, pode ser um obstáculo maior que os concorrentes à cadeira na academia. No ano passado, foi acolhida denúncia do Ministério Público Federal que apontava a prática dos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso envolvia fraude em contratos de afretamento de navios junto a armadores gregos e à Petrobras.
Segundo a denúncia, o esquema gerou perda de US$ 17,6 milhões à estatal e Suassuna foi condenado a 22 anos de prisão (em regime inicial fechado). O ex-senador é primo do escritor Ariano Suassuna (1927-2014), que foi eleito para a ABL em 1989.