A menos de 48 dias do primeiro turno, a aposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) de lançar ex-ministros como candidatos em diversos Estados ainda não se mostrou totalmente eficaz. Alguns nomes despontam em locais estratégicos, como Rio Grande do Sul e em São Paulo.
No entanto, em outros casos os bolsonaristas ainda não conseguiram transformar em intenção de voto a vitrine dada pelo governo.
Ex-titular da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos) era um dos principais auxiliares do presidente e tem chances de ir ao segundo turno em São Paulo, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. A avaliação de interlocutores da campanha de Bolsonaro é que o ex-ministro tem chances reais de vencer Fernando Haddad (PT) quando a disputa “esquentar” e a “polarização” se acirrar.
Em São Paulo, o quadro é um pouco mais complicado para o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes (PL), que tenta uma vaga de senador. Para assessores próximos de Bolsonaro, Pontes ainda não cresceu tanto nas intenções de voto porque sua candidatura foi decidida há pouco tempo. O grupo do presidente acredita, porém, que ele ainda pode deslanchar pelo fato de que ter fechado uma aliança com evangélicos.
O segundo suplente dele é o vereador paulista Professor Alberto (PL), ligado à Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério do Belém. Como Pontes é cotado para voltar ao governo como ministro, os evangélicos poderiam ganhar mais uma cadeira no Parlamento.
No Rio Grande do Sul, o cenário também “não preocupa”, segundo uma fonte próxima à família Bolsonaro. Onyx, que ocupou quatro Pastas na Esplanada, disputa a liderança das pesquisas com o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) na corrida pelo Palácio do Piratini.
O cenário para os ex-auxiliares de Bolsonaro é mais complicado no Distrito Federal, onde a ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda (PL) disputará votos com a ex-titular da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos). Ambas tentarão o Senado.
A lista de ex-ministros apoiados por Bolsonaro traz ainda o ex-titular do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL), e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que disputarão cadeiras na Câmara por São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.