O Banco Mundial anunciou que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi reeleito para o cargo de diretor-executivo do conselho da instituição. O mandato de dois anos começa no domingo (1º/11).
A informação foi confirmada pelo próprio banco em comunicado.
“O Banco Mundial confirma que o Sr. Abraham Weintraub foi reeleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor-Executivo no Conselho do Banco. O Sr. Weintraub cumprirá um mandato de dois anos, com início em 1º de novembro de 2020”, afirmou o banco em comunicado.
Segundo o Banco Mundial, o ex-ministro foi eleito como representante de Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago.
“Diretores-executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas”, acrescentou o banco.
Weintraub ocupava a diretoria-executiva do banco como substituto. Ele assumiu uma espécie de “mandato-tampão” que termina neste sábado (31), depois de sair do país usando passaporte diplomático. Com isso, driblou a o impedimento imposto pelos Estados Unidos à entrada de cidadãos brasileiros durante a pandemia do coronavírus.
Alvo de dois inquéritos, um que apura declarações racistas contra chineses e outro sobre ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Weintraub deixou o MEC em junho e acabou indicado pelo governo Bolsonaro para uma vaga fora do país.
Weintraub tinha direito ao passaporte diplomático enquanto ocupava o cargo de ministro. Porém ele pediu para ser exonerado do cargo em junho, um dia antes de pousar nos EUA. O uso desse tipo de passaporte confere benefícios e deve estar restrito àqueles que exercem função de representação do Brasil no exterior.