Nomeado como adido da PF em Madri por Jair Bolsonaro (PL) no apagar das luzes do seu mandato, o ex-diretor-geral da PF Marcio Nunes de Oliveira perdeu o posto.
O Diário Oficial desta semana traz de acordo com Lauro Jardim, do O Globo, um despacho, assinado por Lula, Flávio Dino e Mauro Vieira, tornando “sem efeito” o presente, que valia por três anos, dado por Bolsonaro doze dias antes de deixar a presidência da República.
Nunes de Oliveira comandou a PF no ano passado por dez meses — incluindo, portanto, o período pré- e pós eleitoral. Em agosto de 2022, por exemplo, designou uma equipe de delegados e peritos para fiscalizar e auditar as urnas eletrônicas.
Antes, foi o número 2 do Ministério da Justiça de ninguém menos do que Anderson Torres.
Três semanas atrás, surgiu o primeiro sinal de que o prestígio do ex-chefe da PF não estava em alta: a PF determinou que ele se inscrevesse na instituição num curso de “boas práticas em polícia judiciária”.