Uma sindicância instaurada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) revelou conforme o jornal O Estado de S. Paulo, que um servidor, que foi assessor nos gabinetes das ministras Maria Isabel Gallotti e Fátima Nancy Andrighi, “no mínimo” antecipou informação privilegiada sobre dois processos judiciais.
O Estadão busca contato com a defesa dele. A ministra Nancy Andrighi disse acompanhar com “perplexidade” as denúncias e informou ter colocado o gabinete à disposição para contribuir na apuração. “Assim que os fatos foram noticiados, o servidor investigado foi imediatamente dispensado do Gabinete e a apuração dos fatos está sendo realizada pelo STJ e pelas demais autoridades, a fim de que o assunto seja esclarecido e os envolvidos punidos de forma exemplar”, frisou.
O STJ afirma que seus ministros não têm envolvimento em venda de sentenças. O Supremo Tribunal Federal também informou que, até o momento, não há “elementos sobre o envolvimento de magistrados de tribunais superiores no caso”.
Esse assessor é um dos alvos da Operação Sisamnes, investigação sobre um ‘ousado e verdadeiro comércio de sentenças’ no STJ, segundo avaliação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Zanin autorizou a Polícia Federal a fazer buscas em endereços de investigados e também mandou prender Andreson, suposto comandante do esquema.