A prisão do delegado Rivaldo Barbosa, apontado pela Polícia Federal como mentor dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, não surpreendeu apenas a família da vereadora. Nas redes sociais, ex-alunos dele, que era professor do curso de Direito em universidade do Rio, mostram surpresa com o envolvimento do delegado no crime.
“Gente, ele foi preso por mandar matar a Marielle, meu professor favorito da faculdade, que em algum momento me fez querer seguir a carreira como criminalista ou fazer concurso pra delegada. Eu idolatrava esse homem na faculdade, to em choque”, escreveu uma ex-aluna.
“A turma toda está sem acreditar ainda”, postou um outro jovem, dizendo que nesta segunda-feira (25) seria dia de aula com Rivaldo Barbosa.
Ainda no domingo, dia em que Rivaldo e os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram presos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio foi desligado do quadro de professores da universidade em que dava aulas desde 2003. Segundo o perfil dele no LinkedIn, o delegado era coordenador do curso de Direito do local desde 2022.
A operação Murder Inc., que prendeu Rivaldo Barbosa e os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão no domingo, 24, aconteceu menos de uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada firmada por Ronnie Lessa. O ex-policial militar foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes e, na delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Segundo as investigações, a morte de Marielle foi encomendada pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Rivaldo, na época das mortes, era chefe da Policia Civil do Rio. Ainda de acordo com o inquérito, ele teria ajudado a planejar o crime e atrapalhado o andamento das investigações.