O secretário do Meio Ambiente da Bahia, João Carlos Oliveira participou na tarde desta quinta-feira (25) do evento “Governadores pelo Clima – Construindo soluções interconectadas para o semiárido”, promovido pelo Centro Brasil no Clima (CBC) e o Instituto Clima e Sociedade (ICS) e coordenado pelo ex-secretário do Meio Ambiente de Pernambuco e articulador do CBC, Sérgio Xavier.
O encontro faz parte da agenda do Programa Governadores Pelo Clima e contou com a presença de 11 secretários estaduais do Meio Ambiente, representantes da Alemanha, União Europeia e especialistas do setor elétrico. Os chefes de estado discutiram um plano de ações para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono no semiárido brasileiro que conecta Energias Renováveis, Regeneração do Rio São Francisco, Oportunidades de Produção do Hidrogênio Verde, Capacitação e Geração de Empregos.
O secretário João Carlos Oliveira ressaltou o papel de destaque que a Bahia ocupa na geração de energias eólica e solar fotovoltática. “Por dois anos consecutivos a Bahia se manteve como líder nacional na geração de energia por fontes renováveis. Em 2020, a Bahia gerou 32% de toda energia solar do país, e 29,5% da energia eólica nacional. Desde o ano passado, o estado tem investido na ampliação de energias renováveis com outros tipos de energias limpas, como a biomassa e o biogás. Portanto, nada mais natural, que outras tecnologias possam ser incorporadas à sua matriz energética, como o hidrogênio verde”, afirmou.
O hidrogênio verde é um combustível com alto potencial de uso na geração de energia. O termo é utilizado para se referir ao hidrogênio obtido a partir de fontes renováveis, em um processo no qual não haja emissão de carbono. Este método utiliza a corrente elétrica produzida por energias renováveis, geralmente eólica ou solar, para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água. Como a região Nordeste, em especial a Bahia, é líder na produção de renováveis, possui alto potencial de expansão dessas fontes localizadas no semiárido brasileiro, com localização e infraestrutura portuária privilegiada, que facilita a exportação.
Para Annette Windmeisser, chefe da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da Alemanha, o Brasil pode se tornar um player global na geração dessa fonte de energia. A Alemanha aposta no hidrogênio verde para descarbonizar a indústria química, de cimento e siderúrgica. O país que se tornar fornecedor mundial de tecnologias verdes a hidrogênio terá que importar o combustível de outros países, que produzam com base renovável, como o Nordeste brasileiro.