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segunda-feira 2 de outubro de 2023 às 18:00h

EUA investigam deputado por disparar alarme de incêndio

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Democrata Jamaal Bowman acionou alarme de incêndio do Capitólio. Político alega ter se enganado, mas republicanos acusam deputado de ter tentado atrasar votação orçamentária. Caso é investigado por comitê da CasaUm membro da Câmara dos Representantes dos EUA está sendo investigado por ter acionado um alarme de incêndio do Capitólio no último sábado (30) e forçado assim a evacuação de partes da sede do Congresso antes de uma importante votação orçamentária.

Uma imagem divulgada pela Polícia do Capitólio mostrou o democrata Jamaal Bowman, que representa partes da cidade de Nova York e seus subúrbios, ativando o alarme de incêndio próximo à saída de um prédio de escritórios que abriga os escritórios do Congresso.

A polícia disse estar investigando o incidente, assim como o Comitê de Administração da Câmara, uma comissão do Congresso controlado pelos republicanos que supervisiona as dependências da Câmara.

Alguns republicanos acusam Bowman de acionar o alarme intencionalmente para atrasar a votação de um projeto de lei de gastos emergenciais que visava evitar a paralisação do governo. Eles dizem que seu comportamento merece censura, e alguns até pedem sua renúncia.

Republicanos linha-dura querem renúncia de Bowman

Bowman admitiu ter acionado o alarme, mas negou má-fé.

“Hoje, quando eu estava correndo para ir a uma votação, cheguei a uma porta que normalmente está aberta para o plenário, mas hoje ela não abriu”, disse Bowman em uma declaração publicada no X (antigo Twitter). “Tenho vergonha de admitir que ativei o alarme de incêndio, pensando erroneamente que ele abriria a porta. Lamento o ocorrido e peço sinceras desculpas por qualquer confusão que isso tenha causado.”

Na ocasião, a Câmara estava prestes a votar um projeto de lei bipartidário para manter o governo aberto por 45 dias e evitar assim uma paralisação. O partido de Bowman, porém, estava tentando ganhar tempo para ler o projeto, então recém revelado pelo presidente da Câmara, Kevin McCarthy (Republicanos).

Os democratas diziam que precisavam de tempo para analisar as possíveis concessões feitas por McCarthy aos partidários da linha dura do Partido Republicano que, no domingo, haviam iniciado ações para removê-lo do cargo de porta-voz.

O incidente se passou no Cannon House Office Building, que teve que ser evacuado. Uma hora se passou até que a Polícia do Capitólio desse a autorização para o retorno dos legisladores e assessores.

Por fim, o projeto de lei acabou sendo aprovado antes da meia-noite, que era o prazo final, por 335 a 91, com quase todos os democratas votando a favor e muitos republicanos também.

Para Bowman, reação de McCarthy foi “dissimulada”

Após a votação, McCarthy condenou a atitude de Bowman: “Isso não deveria ficar sem punição. Isso é uma vergonha”, disse o presidente da Câmara, acrescentando que pretende se reunir com o líder da minoria na Casa, Hakeem Jeffries (Democratas), para discutir uma resposta.

Jeffries, no entanto, expressou apoio a Bowman: “Ele entendeu que foi um erro e foi só isso”, disse a repórteres.

Bowman chamou a reação do líder do Partido Republicano da Câmara de “dissimulada”, dizendo que McCarthy estava “tentando transformar um erro meu, apressando-me para chegar a uma votação, em algo nefasto, quando não foi”.

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